É sabido que a pandemia trouxe consigo várias mudanças, tendo uma delas incidido nos hábitos de trabalho da população. Conceitos como ‘trabalho remoto’ e ‘nómadas digitais’ ganharam visibilidade, originando uma nova tendência de procura no que toca à reserva de alojamentos.
Esta tendência reflete-se na procura de estadias de longa duração (de 1 mês ou mais), fenómeno que cresceu cerca de 106% em toda a Europa. Portugal está na lista de países que recebe cada vez mais estrangeiros, muito pelo seu clima ameno todo o ano, qualidade de vida e ofertas culturais e de lazer. Lisboa assume-se como escolha favorita dos nómadas digitais, estando o Porto, Algarve e Madeira também na lista dos destinos eleitos.
A plataforma de reserva Airbnb é uma das mais usadas para encontrar alojamentos neste regime, tendo encontrado aqui uma oportunidade de negócio.
Em conjunto com a cerca de 20 cidades do Mundo, incluindo Lisboa, trabalhou na criação de um género de hub de inovação, onde o foco incide nas boas práticas de trabalho remoto. No fundo, “uma espécie de rede de cidades onde se promove o trabalho remoto, as boas práticas associadas e as experiências das estadias de longa duração”.
Outra tendência que se observou foi o crescimento na procura por localidades mais dispersas, ao invés de somente grandes cidades. Isto faz com que seja possível promover e redirecionar o tráfego no turismo, redistribuindo-o por outras localizações, explica Nathan Blecharczyk, cofundador da plataforma Airbnb.
À luz disto, a Airbnb implementou recentemente a procura por “experiência” em vez de somente por localização, tendo sido criadas 55 categorias. Ao usar esta funcionalidade, os utilizadores têm uma maior probabilidade de escolher destinos que, de outra forma, seriam difíceis de encontrar, garantindo assim uma maior utilização do vasto leque de alojamentos da plataforma.
Fontes: Dinheiro Vivo
10 de Novembro 2022